Ela vai se aproximando do iate, de saltos
altíssimos. Enquanto ela chega mais perto, ele vê uma boca enorme e vermelha que lhe sorria dizendo “oi, gato!”. Ele nem se lembrava da ultima vez em que fora
chamado de gato. Ou se algum dia realmente tivera sido chamado assim... Ela
pediu pra subir e antes mesmo que ele pudesse responder, ela já estava lá
pedindo pra ouvir uma música, tomar alguma coisa, foi entrando, colocou Rolling
Stones pra tocar, serviu uma dose de scotch. Uma bebida aqui, uma alisada na
perna ali e logo estavam na cama. Ela o
dominou com chave de coxa, braço, boca e tudo o mais, dizendo no ouvido dele:
- Vamos viajar? Viver a pão-de-ló e möet chandon, e tudo provar!!!! Champanhe,
caviar, escargot! Bye, bye misere!! Comprar
o que houver!! Au revoir ralé!! Finesse
s'il vous plait!! Mon dieu!! Je t'aime glamour!!!!!
Ele comenta que o inglês dela é muito bom, ela ri,
jogando a cabeça pra traz (como Madame Silvia havia lhe ensinado que era sexy), o
achando divertidíssimo. Quando ela pede pra passar a noite, a casa cai!
- Passar a noite no barcão?? O patrão me
mata, dona!
- Patrão? Tu acha que eu não reconheço essa marca de
roupa?
- Pois foi o patrão mesmo que me deu!
- Pobre? Pé rapado?? Eu não acredito que eu dei pra mais um pé
rapado!!! Tu acha o que? Que foi de graça? Que tu é um gato?? Vai pagando!!!! E
paga pacote completo com adicional de fingimento de orgasmo!
- Fingimento? Pagamento?
- Tu acha o que? Nada vem de graça, nem o pão nem a
cachaça! Eu quero o meu dinheiro!
Ele lamenta profunda e sinceramente, um homem
honesto não engana um trabalhador, muito menos uma profissional como ela, mas
como ele poderia saber?
- Ô dona, eu
não tenho renda pra descolar a merenda, ando tão duro! Vou botar minha alma a
venda. Eu não tenho grana pra sair com o meu broto, eu não compro roupa...!
Ela grita, cai no chão em prantos:
- Não tenho
dinheiro pra pagar a minha ioga, não tenho dinheiro pra bancar a minha droga.
Tão triste, tão desiludida, tão...
- Quero ser o caçador, to cansada de ser caça...
Ele sentou no chão, a abraçou:
- Uai, morena, viver é bom, esquece as penas, vem...
- pra Babylon?
- hein?
- nada não. Ir pra onde?
- de volta pra cama, gozar sem se preocupar com o
amanhã...
muuiito bom!
ResponderExcluire a imagem tbm ficou ótima, completou o texto hahaha