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sexta-feira, 21 de outubro de 2011

A noite, todos os gatos são gatos!!!


Ela vai se aproximando do iate, de saltos altíssimos. Enquanto ela chega mais perto, ele vê uma boca enorme e vermelha que lhe sorria dizendo “oi, gato!”. Ele nem se lembrava da ultima vez em que fora chamado de gato. Ou se algum dia realmente tivera sido chamado assim...   Ela pediu pra subir e antes mesmo que ele pudesse responder, ela já estava lá pedindo pra ouvir uma música, tomar alguma coisa, foi entrando, colocou Rolling Stones pra tocar, serviu uma dose de scotch. Uma bebida aqui, uma alisada na perna ali  e logo estavam na cama. Ela o dominou com chave de coxa, braço, boca e tudo o mais, dizendo no ouvido dele:
- Vamos viajar? Viver a pão-de-ló e möet chandon, e tudo provar!!!! Champanhe, caviar, escargot! Bye, bye misere!!  Comprar o que houver!! Au revoir ralé!!  Finesse s'il vous plait!! Mon dieu!! Je t'aime glamour!!!!!
Ele comenta que o inglês dela é muito bom, ela ri, jogando a cabeça pra traz  (como Madame  Silvia havia lhe ensinado que era sexy), o achando divertidíssimo. Quando ela pede pra passar a noite, a casa cai!

-  Passar a noite no barcão??  O patrão me mata, dona!

- Patrão? Tu acha que eu não reconheço essa marca de roupa?

- Pois foi o patrão mesmo que me deu!

- Pobre? Pé rapado??  Eu não acredito que eu dei pra mais um pé rapado!!! Tu acha o que? Que foi de graça? Que tu é um gato?? Vai pagando!!!! E paga pacote completo com adicional de fingimento de orgasmo!

- Fingimento? Pagamento?

- Tu acha o que? Nada vem de graça, nem o pão nem a cachaça! Eu quero o meu dinheiro!

Ele lamenta profunda e sinceramente, um homem honesto não engana um trabalhador, muito menos uma profissional como ela, mas como ele poderia saber?
-  Ô dona, eu não tenho renda pra descolar a merenda, ando tão duro! Vou botar minha alma a venda. Eu não tenho grana pra sair com o meu broto, eu não compro roupa...!

Ela grita, cai no chão em prantos:
-  Não tenho dinheiro pra pagar a minha ioga, não tenho dinheiro pra bancar a minha droga.
Tão triste, tão desiludida, tão...  
- Quero ser o caçador, to cansada de ser caça...

Ele sentou no chão, a abraçou:
- Uai, morena, viver é bom, esquece as penas, vem...

- pra Babylon?

- hein?

- nada não. Ir pra onde?

- de volta pra cama, gozar sem se preocupar com o amanhã...


quinta-feira, 20 de outubro de 2011

"Cansei de ser duro, mas nada de colocar a alma a venda"





A algum tempo andava por ai a procura da felicidade, achei que ela estaria em meio a filmes, bares, cigarros. Assim se tornava mais difícil encontrar. Pois nunca fui ao cinema,  não posso pagar. 
A morena, minha paixão, não convido para sair, não posso pagar.
Nem a cachaça é de graça, só a desgraça.  Nunca tenho grana, e eu quero fumar.
E um dia me aparece uma mulher me convidando para ir embora no seu Veyron Super Sport. Para tomar um Château Lafite Rothschild. Se deliciar nos seus lençóis de seda importada. Comer da sua comida, comprar o que quisesse. Ela me dizia para gozar a vida ao seu lado. Se entregar ao prazer. Que tudo isso podia me oferecer e em troca queria minha alma, meus sonhos, minhas crenças, minha história. Veja nada é de graça!
Achei tão estranho e confuso. Mas confesso que estremeci diante das possibilidades.
Mas não me senti honrado, tão pouco feliz. Dei-me conta que a felicidade mesmo está em mim. No meu poder de sonhar, de acreditar. Tenho uma história torta e por vezes triste, mas minha. Não vou deixar ninguém apagar. Cansado de ser duro, mas nada de colocar a alma a venda. Não me arrependo. Continuo duro. Mas agora feliz. Hoje a morena, minha paixão, me convidou para ir ao cinema.



 
 
 
¹Dinheiro tem que ser suado para se ter verdadeiro valor. Não podia me tornar um desses que trocam tudo que tem (e aqui não falo do material, pois não tenho é nada) por grana. ² E nunca descobri quem era essa mulher.



quarta-feira, 19 de outubro de 2011

Nosso Mundo

Esquece teu mundo, esquece tudo
Esqueça de onde veio, para onde vai
Vamos fazer o nosso mundo, meu bem
Regado aos nossos desejos e luxurias 
La tudo é permitido, seu chocolate, seu vinho, seus despidos
Seja ao nascer do sol ou na luz do luar
Satisfação será a nossa religião
O céu e inferno serão irmãos
Calunia, difamação, pudores, não existiram
Meu bem, venha se deliciar


terça-feira, 18 de outubro de 2011

Ah se eu tivesse cacife...te daria o céu bem ..




Eu não tenho grana pra te dar nego, como tuas mulheres tiveram.
Eu não tenho grana.
Não posso pagar teus luxos, teu melhor cigarro nem o que te entorpece.

E POR ISSO DECIDI NÃO TE QUERER MAIS.
O meu barraco pequeno não te cabe, tu não quer casar comigo, não quer acordar na minha cama
porque falta grana.
Corro por todos os lados tentando te impressionar mas não serve, eu não tenho grana , elas tiveram...

Te daria teu carro e uma casa pra gente morar
Teria um filho contigo e pagaria as noites sinceras de amor, mas falta grana.
A grana é o que te faz querer amar.Grana eu nã tenho.

Dói saber que tu me ama , só que eu não tenho grana pra você me amar.

                         Eu não tenho a grana que elas tiveram.
                                       Eu não tenho a grana que elas te deram.



                                                        Tu me ama e eu não tenho grana pra te dar ...



Iara Kíria

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Esse Tal De Dinheiro

Meu bem, me compre um sorriso que hoje eu quero dançar!
Hoje, meu bem, eu quero comprar uma alma nova.
Aquela velha que eu tinha eu vendi ainda ontem, ainda ganhei uma grana.
Simbora, meu bem, que os meus cartões de crédito andam tão desvirginados quanto eu.

Meu bem, me compre um sorriso que hoje eu quero trepar!
Hoje, meu bem, eu vou comprar um carro novo.
Aquela velha minha mãe, eu vendi ainda ontem, ainda ganhei uma grana.
Vamos logo, meu bem, que os meus talões de cheque andam tão desvairados quanto eu.

Meu bem, me compre uma arma que hoje eu quero matar!
Hoje, meu bem, eu quero comprar uma vida nova, uma vida pra deixar de ser vida.
Aquela velha vizinha hoje vai me explicar essa história de dizer que eu não sou cabra homem, que eu não sou do dinheiro, que eu não sou o melhor...

Meu bem, me compre um lápis que hoje eu quero escrever!
Eu hoje quero escrever pra dizer pr'essa gente que dinheiro compra tanta coisa,
Mas meus amores e meus amigos, meu bem, esse tal de dinheiro nunca comprou.