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quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Sem extremos!

I


Sabe Deus, meu pai anda triste. Inda ontem ouvi ele conversando com o senhor, estava chorando. Não entendi direito parece que era por causa da chuva. Tem dado cada trovoada.  Acho que ele estava com medo do trovão, eu fico com muito medo também. Ouvi ele dizer que o senhor está zangado. Desculpa senhor. Seja o que for ele não deve ter feito por mal.  
Minha mãe parece também triste, estava conversando baixinho dizendo que talvez a gente fosse embora daqui.
Então Deus eu me ajoelhei aqui foi para pedir que devolva o sol. Depois pode mandar a chuva, mais tem que ser de mansinho. Pra gente poder plantar. Vender. Se alimentar. Pra gente não precisar ir embora desse Sertão, dessa casa, do nosso lar.




II


Misericórdia!


Sertanejos te clamam senhor. Tende misericórdia desse Sertão!

É seca!
É sede!
É chuva!
É destruição!


Sem extremos senhor dos céus, sem extremos!


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