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terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Deite. Durma. E esqueça.

Ando procurando pelo quê.
Nos lábios que mordo, nos olhos em que me guardo.
O que ando eu procurando quando ando olhando pra beira da noite.
Tão inquieto-sozinho-solitário buscando a vingança de qualquer coisa.
Ao final, afinal, onde é que eu vou descansar os pés e o juízo.
Ontem fui o mais real dos maiores.
Hoje sou o mais final dos fracassos.

E quando bebo e me drogo é porque eu busco pelo quê.
Quando eu me sento a janela e fico vendo o vento andando como um menino feliz pra lá e pra cá.
Afinal, no fim disso tudo onde é que eu vou achar o meu-eterno-e-terno-quero-mais?
E esse erros que já que me feriram e continuam ali do lado da minha carteira de cigarros.
E meu isqueiro, cadê.
E essas estrelas tontas me olham brilhando pra quê.
Não estou só e só estou com solidão.
'Inda que eu soubesse onde é que cada palavra minha foi deitar ...
Deite. Durma. E esqueça.

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